quinta-feira

Orientação Educacional e Práticas Escolares

Tendo em vista o novo contexto educacional que privilegia um caráter crítico e construtivo, cabe ao Orientador Educacional ser o elemento de articulação nas diversas instâncias da escola, discutindo os principais problemas enfrentados no cotidiano.
Com ênfase no desenvolvimento global do educando, aspectos como: cidadania, ética, respeito, preparação para o mundo do trabalho, sexualidade, resgate de valores fundamentais para a vida, vem de encontro aos anseios da sociedade, por isso, devem ser privilegiados.
De acordo com a
UNESCO[1], a educação dos cidadãos para o século XXI, deve assentar-se em quatro pilares:
EDUCAÇÃO

APRENDER A CONHECER

APRENDER A FAZER

APRENDER A VIVER JUNTOS

APRENDER A SER

Acreditamos que é respaldado neste novo paradigma, que nós Orientadores Educacionais, devemos direcionar nosso trabalho, não como a pessoa capaz de solucionar os problemas encontrados no cotidiano escolar, mas como o profissional que dentro do ambiente escolar, consegue articular em conjunto com os demais profissionais, o trabalho pedagógico, visando atingir a educação proposta para este novo século, tendo em vista o trabalho do professor, a formação do aluno e melhor informação para a comunidade.
Por uma questão de opção (ideológica, política ou por força das circunstâncias) o Orientador Educacional (considerado por alguns um “especialista”), teve ao logo de sua trajetória uma maior proximidade com as questões sociais que interferem diretamente no ambiente escolar, sendo assim, ao longo dos anos este profissional, ficou muito mais próximo dos conflitos e transformações que ocorreram no âmbito da escola, do que com as determinações, fiscalizações e controles determinados pelos órgãos centrais de educação, como ocorreu com outros “especialistas”, por isso o trabalho árduo e solitário em alguns momentos.
Delegar ou atribuir somente ao Orientador a tarefa de resgatar o processo e as relações escolares, no mínimo deve ser uma tarefa a ser minuciosamente pensada, assim como, devem ser pensadas as políticas e teorias educacionais a serem seguidas pelos Orientadores Educacionais e demais membros das unidades escolares e a tarefa que cabe a cada um, envolvido nesta empreitada para se atingir as metas e a educação deste novo cidadão no século que já se iniciou.
Poder proporcionar uma discussão permanente sobre as práticas da O. E. foi o objetivo maior que nos levou a criar este Blog.
Contamos com a contribuição de todos: OEs ou não, mas preocupados com uma Educação de Qualidade para nossa sociedade.


Referência:
[1] Relatório Delors – Comissão Internacional sobre Assuntos Educacionais – UNESCO 1999.